quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Pra começar...

Sinto uma necessidade muito grande de escrever.

De ler e de escrever. Mas ultimamente só tenho lido principalmente "textão" de redes sociais (e olha que nem tenho mais conta nas mais famosas - leia-se Facebook e Instagram). Quanto a escrever, aí mesmo é que estou em dívida comigo mesma!

Sempre norteada (ou travada) pelo dilema: Escrever pra quê? Pra quem? Por quê? Fico adiando uma vontade absurda de colocar em linhas tantas coisas que me passam pela cabeça, pelo coração (que piegas), ou mesmo resgatar textos antigos nos quais trabalhei com esmero e que, também por isso, merecem ser reescrevidos e novamente assinados por mim, afinal, essa é uma marca que sempre tive orgulho de ostentar: uma escrita razoável (falando sincera e modestamente).

A grande questão não é escrever, mas sim "publicar".
Por que tornar público o que escrevo, que muitas vezes pode ser bastante particular, logo na internet? Terra sem lei aparentemente... Por que optar por escrever num (falecido) blog? Enquanto plataforma de divulgação e de grande alcance, o blog já teve seus dias de ouro.
Certamente busco alguma espécie de validação social para o que escrevo, talvez alguma notoriedade. 
Porque um texto escrito, guardado e não lido, não tem o efeito, não cumpre o seu propósito de comunicar de um texto publicado, "público e notório". 
Eu poderia ainda citar inúmeras outras coisas, como "o ser humano não é uma ilha" e precisa interagir; ou, que sou geminiana, comunicativa por natureza; e pra ser bem humorada, posso dizer que escreverei por aqui já que não tem nenhum jornal ou revista que me pague pra eu escrever por lá, etc. (sonho de consumo aliás, ou melhor, sonho de trabalho... Já fui colunista de uma revista, mas escrevia apenas em tópicos dicas de consumo/moda e também não era remunerada por isso, ou seja, se mal podia exercitar a minha escrita, igualmente não podia "viver disso".)

Gosto mesmo de escrever, de concatenar ideias, de jogar com as palavras, de fazer um pouco de poesia.
A última vez que escrevi pra valer foi na dissertação do mestrado. Só não foi tão prazeroso porque texto científico é outra história... E por falar nisso, por mais que eu estivesse relatando uma história que me foi instigante pesquisar, sobre o bordado manual da cidade de Passira-PE, e que estivesse realizando o sonho de me tornar Mestra (em História Social da Cultura), as recomendações da escrita científica (e da ABNT) podem ser altamente desestimulante, tornando o ato de escrever uma obrigação massante.
Mas volto a falar disso em outra ocasião.

Aqui, agora, só quero escrever (e publicar).
Escrever livre e francamente, sem um assunto pré-definido. Inclusive porque o próprio assunto é o (re)começo da publicação do que escrevo pra mim, à quem possa interessar. 
E se me comprometo a não ter compromissos com nenhuma razão mais específica nos meus textos por aqui, pelo menos por ora, também não vou buscar a perfeição de uma lógica ou racionalidade nessa retomada, porque "feito é melhor que perfeito", e isso tem sido meu mantra dos últimos meses.

Então, está feito!
Só pra começar... 







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